Cresce nº de interessados em adoção que não ligam para cor da pele
Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, eram 31% em dezembro de 2010, agora já são quase 40%. Também caiu o número daqueles que preferem bebês com menos de 1 ano, eles são 16% do total
Esta matéria foi apresentada pelo Jornal Nacional na noite de hoje, terça-feira, dia 15 de janeiro de 2013. É um marco importante na mudança de comportamento no perfil dos brasileiros. Por isso, o HiperSocial faz questão de compartilhar com seus leitores. A pauta original será adaptada para web. Acompanhe!
O Jornal Nacional apresentou uma reportagem sobre a mudança significativa no comportamento dos interessados em adotar um filho ou uma filha no Brasil. Dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) mostram que aumentou o número de interessados que não se importam com a cor da pele ou com a idade da criança.
O casal Jolena de Almeida Ventura e Demetrium Araújo conta a história deles. Eles estavam na fila para adotar uma criança quando o destino armou um dos seus caprichos. Enquanto estavam na fila para adoção, Jolena ficou grávida.
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Jolena e Demetriun: preferência por criança de 0 a 6 anos, sem distinção de raça |
“A gente não sabia até então como que funcionava a parte burocrática, tudo. Demorou um pouquinho, aí entramos, fomos habilitados e depois a gente ganhou um presentinho do papai do céu”, conta a enfermeira.
Mas os planos de aumentar a família com um filho adotivo não mudaram e nem o perfil da criança com que eles sonham. “0 a 6 anos, independente de sexo e cor”, afirma o enfermeiro Demétrium de Araújo.
Há cerca de dez anos, as restrições eram muitas e as preferências claras: a maioria dos casais queria adotar menina, branca e ainda bebê. Mas pesquisas feitas pelo Conselho Nacional de Adoção (CNA) mostram que a realidade está mudando e para muito melhor.
O número de pessoas que não se importam com a cor da pele da criança que querem adotar está crescendo. Eram 31% em dezembro de 2010, agora já são quase 40%. Também caiu o número daqueles que preferem bebês com menos de 1 ano, eles são 16% do total.
Os bons exemplos que aparecem na mídia e o trabalho de orientação feito por ONGs e pela Justiça estão ajudando a ajustar o sonho dos futuros pais à realidade das crianças que esperam nos abrigos. A maioria é negra ou parda, não é bebê e pode ter irmãos dos quais não se separam.
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Reinaldo Torres de Carvalho |
E hoje, entre as que precisam, estão os filhos de pais e mães dependentes do crack. Crianças que merecem uma nova chance e muitas vezes não conseguem.
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Antônio Carlos Malheiro |
“Temos que começar uma nova campanha também em relação a essas crianças, senão nós vamos deixar que surja um novo grupo que será alvo de uma nova discriminação”, diz o coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antonio Carlos Malheiros .
Não se depender de gente como Demétrium e Jolena, que querem o filho natural e o adotivo do jeito que vierem. "Quando se ama, se ama independe da cor e do sexo. Filho vai ser filho de qualquer jeito”, fala Jolena.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça, existem hoje, em todo o Brasil, mais de cinco mil crianças e adolescentes esperando por uma adoção. O estado de São Paulo é o que tem o maior número.
Não se depender de gente como Demétrium e Jolena, que querem o filho natural e o adotivo do jeito que vierem. "Quando se ama, se ama independe da cor e do sexo. Filho vai ser filho de qualquer jeito”, fala Jolena.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça, existem hoje, em todo o Brasil, mais de cinco mil crianças e adolescentes esperando por uma adoção. O estado de São Paulo é o que tem o maior número.
Fonte: Jornal Nacional - Globo.Com
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