Gasolina pode superar os R$ 3,00 em Pelotas
A possibilidade ainda não foi confirmada por integrantes do governo federal
Proprietário da rede de postos do Guga, Alexandre Lang, não recebeu nenhuma orientação sobre o assunto. “Ainda não podemos falar em valores porque não quer dizer que o aumento vá ser repassado integralmente ao preço final, caso se confirme”, diz Lang.
O gerente de uma das filiais dos postos Ongaratto no município, Marcelo Gomes Mesquita, também só recebeu informações não oficiais sobre o aumento, que seria anunciado em janeiro, mas até o momento não há nada garantido. “O que existe mesmo é essa possibilidade de reajuste da gasolina, que acredito que deva ultrapassar a barreira dos R$ 3,00”, informa o gerente.
Além da gasolina, estaria previsto o acréscimo no valor do óleo diesel, entre 4% e 5%. Na tentativa de amenizar o impacto no bolso do consumidor e evitar uma piora nos índices de inflação do ano, a equipe econômica do governo estudaria medidas como o aumento da mistura de etanol na gasolina.
Qual o mais vantajoso?
Atualmente a escolha mais econômica para quem possui automóveis que funcionam com os dois tipos de combustível, segundo Marcelo, é a gasolina. Um cálculo que ficou conhecido após a popularização dos carros flex sugere que se divida o preço do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for um número acima de 0,70, compensa abastecer com gasolina. Em caso de ser de até 70%, vale a pena o etanol.
No caso da filial da rua Almirante Barroso do Posto Ongaratto, por exemplo, o valor atual do litro da gasolina comum é R$ 2,93 e R$ 2,58 o álcool. Dividindo o valor do segundo pelo primeiro, tem-se 0,88. Portanto, não compensaria a troca da gasolina pelo etanol. Caso o aumento de 7% seja confirmado, e, supondo que fosse aplicado integralmente no preço final do produto, a gasolina passaria para R$ 3,13, diminuindo o resultado da fórmula sugerida para 0,82. Ou seja, mesmo que o etanol não sofra alteração de preço, não compensaria o uso do combustível em alternativa a gasolina.
Fonte: Reportagem de Vinícius Waltzer - Diário Popular
0 comentários: