Incêndio no Taim: equipe de combate ao fogo consegue direciona-lo para canal

Estimativas apontam que o incêndio já tenha consumido no mínimo 1,4 mil hectares de banhado



O incêndio que ocorre no banhado da Estação Ecológica do Taim (Esec/Taim), desde a manhã de terça-feira, já queimou mais de 1,4 mil hectares de vegetação do local, acima da água. A estimativa é do chefe da Esec, Henrique Horn Ilha. Ele, nesta quinta, 28, não conseguiu fazer novo sobrevoo à área atingida para avaliar sua extensão, mas, pela manhã, considerando o avanço da linha de fogo, estimou em 1,4 mil hectares o espaço queimado - o dobro da área verificada em sobrevoo realizado quarta-feira. E, ao longo da quinta-feira, a área afetada aumentou. Ele calcula que o fogo estivesse avançando em torno de 100 metros por hora ontem.

A exemplo do que ocorreu na quarta-feira, 27, o combate às chamas continuou sendo feito por dois aviões agrícolas de pequeno porte, que se abasteciam de água em uma fazenda próxima. A Brigada de Incêndio da unidade de conservação também atuava na operação. Conforme explicou Henrique Ilha, à tarde, uma ponta da linha de fogo, que é perpendicular ao mar, estava seguindo na direção do canal do Sarita, o qual corta o banhado do Taim. A intenção era que continuasse na mesma direção, para que ficasse encurralada entre o canal e a estrada, situação em que se extinguiria ou seria melhor combatida. Os brigadistas roçaram e molharam a vegetação de um lado do canal para evitar que as chamas continuassem avançando para o norte. A intenção era salvar a parte norte do banhado.


Havia preocupação com a possibilidade de o fogo dessa ponta fazer a volta no canal, o que seria muito ruim, segundo Ilha. Porém, até o final da tarde, o vento estava colaborando para que ele seguisse na direção esperada. A estimativa de Ilha era que as chamas chegassem ao ponto desejado só na manhã desta sexta-feira. Assim que isso ocorrer, será feito o combate. No meio da tarde, as chamas já eram visíveis da BR-471, que corta a unidade de conservação, e a grande cortina de fumaça por elas produzidas era vista a 20 quilômetros do local. Cinzas já caíam sobre a rodovia. Mais no final da tarde, um "braço" lateral da ponta da linha de fogo que seguia para o canal aproximou-se mais da rodovia e foi combatido e extinto pelos brigadistas do Taim, que usaram abafadores na ação.



Aviões de grande porte

A outra ponta da linha de fogo, voltada para o lado sul do banhado, estava se extinguindo aos poucos. "Agora, já temos uma estratégia de combate", observou ontem o chefe da Estação Ecológica do Taim, ressaltando que, mesmo assim, devido a sua extensão, o incêndio só se extinguirá com chuva ou uma ação bem efetiva dos aviões. Mas, os dois aviões de grande porte contratados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) até o início da noite não tinham chegado. Segundo Henrique Ilha, eles pararam em Marília (São Paulo), devido ao mau tempo, e devem chegar à região no final da manhã de hoje.


As aeronaves de grande porte, que saíram da Bahia, são aguardadas com expectativa, já que uma tem capacidade para dois mil litros de água e a outra para três mil litros. As agrícolas têm capacidade para aproximadamente 600 litros cada.



Rodovia

A Polícia Rodoviária Federal, ontem, mobilizou uma dupla de policiais para ficar acompanhando a situação de visibilidade na BR-471, devido à fumaça que seguia na direção da estrada. Se fosse necessário, o trânsito de veículos na rodovia seria interrompido. Já o Corpo de Bombeiros enviou para a Esec um grupo de cinco de seus integrantes para auxiliar na operação de combate.




Por: Agência Brasil

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