Preso Nilton José Cassol, considerado um dos maiores traficantes de armas do estado

Traficante de 54 anos mantinha residência em Pelotas

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deu um grande passo em busca da contenção da violência que assola o estado. Atuando direto na fonte do problema, capturou Nilton José Cassol, um dos maiores traficantes de armas do Rio Grande do Sul. Cassol fazia viagens constantes até o Uruguai para trazer armas e outros equipamentos, os quais eram vendidos por todo o estado.

O traficante foi preso sábado, dia 19, na cidade de Cristal. Estava com a mulher em um restaurante na BR 116. Ao ser abordado, mostrou no porta malas do Nissam Versa que dirigia, um fundo falso com um fuzil e dois carregadores. 

O traficante de armas possiu residência fixa aqui, na cidade de Pelotas, onde foram encontradas três pistolas, duas armas de pressão e munição: 150 unidades de .556, 50 de .765, 52 de 9 milímetros e 63 de 0.30, além de R$ 6,9 mil em dinheiro. Juliano Ferreira, delegado do DEIC, calcula que Cassol tenha vendido 30 armas só no último mês! Ele é suspeito de ter fornecido as armas para o assalto a fábrica de joias em Cotiporã, na Serra Gaúcha. "Tanto o assaltante Falcão, que participou da ação em Cotiporã, quanto o Fábio Rode, assaltante de bancos, tinham armas semelhantes à apreendida ontem e, inclusive, eles se referiram informalmente que foi ele quem forneceu" — completou Ferreira.


Diante de um contigente de vendas como este, quem vai querer se manter no comércio "comum" do Calçadão de Pelotas, por exemplo?
Segundo o delegado Juliano Ferreira, cada fuzil era vendido por aproximadamente 30 mil reais. Em 30 dias, a receita desta mercadoria apenas girava em torno de 900 mil reais! Que logista tira este valor por mês?
Quanto tempo um trabalhador do comércio de Pelotas levaria para acumular 30 mil reais? Cerca de 3 anos e 3 meses. Porém, Cassol vendia um único produto por este valor, em poucas horas!

Ana Paula Dias
Idealizadora e editora
HiperSocial Pelotas