Mercado Central pode reabrir na segunda
Antigos permissionários começam a receber as chaves e primeiro estabelecimento do novo Mercado pode abrir em menos de uma semana
A partir da próxima segunda-feira (4), os pelotenses poderão marcar o happy hour para um dos "novos" terraços do Mercado Central - vai ter até direito a vista para o relógio central, inspirado na torre Eiffel. É um lugar muito bonito, aconchegante. Vale a pena conhecer, mas é bom manter um plano B. Pois a reabertura da primeira banca após o longo processo de revitalização do prédio centenário, iniciado em setembro de 2009, ainda não está garantida: faltam resolver certos detalhes operacionais, como alvarás e fornecimento de energia e de gás. De qualquer maneira, se tudo der certo, a lancheria na esquina das ruas Andrade Neves e Tiradentes vai começar a receber o público em poucos dias, marcando a volta à ativa de mais um patrimônio histórico recuperado na cidade.
Faltam adequações
As obras financiadas através do projeto Monumenta, num convênio entre a prefeitura e a União por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), estão praticamente concluídas. O que falta agora são algumas adequações técnicas (principalmente na rede trifásica de energia e no encanamento de gás), e a própria ocupação pelos novos e antigos permissionários, como o dono da lancheria, Selomar Souza.
No caso dele, que já tinha banca e pode continuar exercendo a mesma atividade no Mercado Central, o processo está andando mais rápido. De posse das chaves há duas semanas, o empresário já conseguiu fazer boa parte das obras no futuro estabelecimento. Ele investiu quase R$ 100 mil para instalar balcões, mesas, cadeiras, freezers, mais todo o maquinário da cozinha. E a expectativa é recuperar esse montante logo-logo. "Eu estou confiante. Isso aqui (o Mercado Central reformado) vai ser ótimo", projetou. A única preocupação é sobre quando vai poder abrir as portas da casa nova, pois ele é um dos que precisa do gás e da rede trifásica para entrar em funcionamento.
Reabertura das bancas
Assim como Souza, outros 33 ex-permissionários de nichos considerados tradicionais, como os das peixarias, já estão tratando da reabertura das bancas e também podem começar a operar nas próximas semanas, principalmente os que vão ocupar a parte externa. O problema maior, com relação ao prazo de reabertura, está concentrado nos novos vizinhos. Das 51 vagas abertas após a realocação dos comerciantes que não puderam seguir no Mercado (por não se encaixarem no mix planejado), simplesmente nenhuma foi ocupada.
De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sdet), Fernando Estima, isso aconteceu porque apenas duas pessoas se inscreveram na primeira licitação realizada e, dessa forma, ela precisou ser suspensa. A falta de interessados, na avaliação do executivo, se deu pelos altos valores cobrados na adesão: de R$ 15 a 79 mil, dependendo do espaço e da localização. Agora a prefeitura está reavaliando estes números e deve lançar um novo edital, com preços mais acessíveis, dentro de 45 dias. Todo o processo de preenchimento do Mercado Central, no entanto, pode demorar de seis meses a um ano. Pois além de toda essa burocracia com as bancas, algumas questões administrativas do condomínio também ainda estão sendo resolvidas e podem emperrar o andamento da ocupação.
Fonte: Leonardo Crizel - Diário Popular
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