Moradores reclamam do tráfego de caminhões empenhados nas BRs 116 e 392

Carregados de aterro retirado das fundações e transportando água para a etapa de terraplanagem, os veículos fazem barulho, levantam poeira e detonam as ruas por onde passam




Não há dúvidas de que as duplicações da BR-392 e do Contorno de Pelotas (na BR-116) vão facilitar o trânsito rodoviário na região. Contudo, enquanto as obras não terminam, é o fluxo urbano que sofre. Moradores do bairro Fragata e, principalmente, do Sítio Floresta, reclamam do vai e vem ininterrupto dos caminhões dentro da cidade. Carregados de aterro retirado das fundações e transportando água para a etapa de terraplanagem, os veículos fazem barulho, levantam poeira e, no pior dos casos, detonam as ruas por onde passam.


No Sítio Floresta, por exemplo, em menos de dois meses o tráfego pesado causou inúmeros estragos nas ruas que são destacadas como as oficiais do itinerário, conforme informações repassadas pelo encarregado de obras à comunidade local. E o pior: para evitar as irritantes "costeletas", os desníveis e os buracos que eles mesmos causaram, alguns motoristas estão desviando da tal rota permitida e começando a prejudicar outras vias das redondezas.


Na rua 4 nem a tubulação do esgoto resistiu. Bem em frente à casa da moradora Karina dos Santos, o peso dos caminhões estourou um cano recém-instalado pelo Sanep e ela ficou mais de dez dias convivendo com vazamento de água e barro na entrada da garagem. Não bastasse isso, ainda tem o barulho interminável dos motores. "A casa chega a tremer e isso até de madrugada, porque o movimento é 24 horas por dia", diz Karina. O problema se repete no bairro Fragata também. Por lá, o caminho é percorrido pelas ruas Frontino Vieira e Pinheiro Machado.


Contraponto

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), através da assessoria de comunicação, explica que durante as obras, "inevitavelmente ocorrem impactos ao ambiente e às comunidades localizadas no entorno da rodovia". Neste sentido, desde o licenciamento, a equipe da Gestão Ambiental atua na supervisão e execução de programas voltados à preservação do meio-ambiente, a fim de minimizar ou evitar os possíveis transtornos que a duplicação possa causar. Além disso, o órgão pede que a população seja participativa, informando os transtornos e impactos da movimentação das obras através do telefone 0800 0116392.


Prazos

No início do ano o Dnit havia prometido entregar os lotes 2 e 3 da BR-392 (da ponte do São Gonçalo até o trevo de acesso ao Molhes da Barra) no fim de janeiro. Mas alguns entraves técnicos postergaram (novamente) o prazo, e a nova previsão pulou para o dia 15 de fevereiro. Com exceção dos trechos da Vila da Quinta e Povo Novo, previstos para serem liberados em março e julho, respectivamente, por causa dos viadutos.


Entretanto, o Lote 1 (Contorno de Pelotas), o que está causando todos estes transtornos, está recém na fase inicial e deve demorar mais três anos para ficar pronto. O trecho tem 24 quilômetros - vai desde a ponte do canal São Gonçalo até a passagem sobre o Arroio Pelotas (conhecida como ponte do Retiro) - e ainda requer uma série de intervenções mais complexas, como a construção de onze viadutos. Tudo isso requer grandes fundações, mais terraplanagem e, inevitavelmente, mais movimento de caminhões para cima e para baixo.


Fonte: Leonardo Crizel - Diário Popular

Fotos: Divulgação, internet.




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